Simulação clínica com atores: utilidade e diferenciais
- Educação e Teatro
- 16 de abr.
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Atualizado: 13 de jun.
A utilização de atores treinados para simular pacientes (também chamados de "pacientes padronizados" ou "pacientes simulados") tem se mostrado uma ferramenta extremamente eficaz no ensino e avaliação de competências clínicas. Essa prática começou na década de 1960 nos Estados Unidos, quando o professor e neurologista Howard S. Barrows começou a convidar atores para simular sintomas de doenças em um atendimento fictício no ambiente acadêmico e a solicitar que seus alunos realizassem um atendimento como se fossem médicos formados. No Brasil, universidades iniciaram a criação de centros de simulação no início dos anos 2000.
Em sua dissertação de mestrado, Rossini (2020, p. 22) afirma que quando se trabalha com um paciente simulado, "o aluno pode experimentar e praticar a medicina clínica sem comprometer a saúde ou o bem-estar de pacientes reais e doentes, valorizando a experiência em si". Para tornar a formação e atualização de conhecimentos e procedimentos clínicos cada vez mais consistente, a seguir apresentamos os principais benefícios e razões para a contratação de atores:
Padronização das avaliações
Ambiente seguro para o erro
Apoio à formação humanizada
Flexibilidade e variedade de casos
Verossimilhança com o ambiente clínico
Desenvolvimento de Habilidades de Comunicação
A premissa do Método Clínico Centrado na Pessoa (MCCP) como metodologia de ensino é beneficiado pela utilização de atores profissionais nas simulações clínicas, contribuindo para uma formação mais completa, humana e segura. O uso de pacientes simulados cria um ambiente controlado e ao mesmo tempo realista para a aprendizagem. Segundo Troncon (2008), esta metodologia proporciona oportunidades ímpares para o desenvolvimento de habilidades clínicas, já que "a prática com pacientes simulados pode melhor preparar o estudante para o trabalho com pacientes reais." Ou seja, é uma ferramenta pedagógica poderosa, alinhada às melhores práticas de ensino na área da saúde. Nosso infográfico exibe de maneira resumida o assunto tratado nessa publicação:

Negri e Meska (2021) ressaltam que a simulação clínica é uma ferramenta de alto potencial e que o apoio ao docente para administrar esse recurso apresenta um potencial transformador da formação em saúde. Assim podemos concluir que a contratação de atores treinados para representar pacientes simulados tem sido reconhecida como uma prática altamente eficaz no ensino e na avaliação de competências clínicas e comportamentais dos profissionais atuantes e em formação.
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Referências:
ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Paciente simulado: contribuição das artes cênicas para a formação de futuros médicos. São Paulo, 2020. Disponível em: https://www.eca.usp.br/noticias/pos/paciente-simulado-contribuicao-das-artes-cenicas-para-formacao-de-futuros-medicos. Acesso em: 16 abr. 2025.
Negri EC, Almeida RG dos S, Meska MHG, Mazzo A. Paciente simulado versus simulador de alta fidelidade: satisfação, autoconfiança e conhecimento entre estudantes de enfermagem no Brasil. Cogitare Enfermagem. 2021 Disponível em: https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/76730/44872. Acesso em: 15 abr. 2025.
ROSSINI, Emerson de Barros. Expansões da teatralidade: a participação de atores na prova de admissão de residentes e de especialistas no Hospital das Clínicas de São Paulo e no Revalida do Governo Federal. 2020. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2020. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27156/tde-04032021-145315/. Acesso em: 16 abr. 2025.
TRONCON, Luiz Ernesto Almeida. Utilização de pacientes simulados no ensino e na avaliação de habilidades clínicas. Revista Medicina (Ribeirão Preto), 40 (2): 180-91, abr./jun. 2007. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/315/316. Acesso em: 15 abr. 2025.
YOGUI, Jomara Oliveira dos Santos; MAGALHÃES, Tiago Maia; BIVANCO-LIMA, Danielle. Ensinando o Método Clínico Centrado na Pessoa na graduação em Medicina: uma revisão narrativa. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 48, n. 4, p. e120, 2024. DOI: 10.1590/1981-5271v48.4-2023-0057. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbem/a/NqbQppQbdkRfrn8cqY8QStL/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 16 abr. 2025.




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